Carlos Peninha é um músico viseense, nascido em 1962, que na juventude se interessou por aprender a tocar guitarra como autodidata, e em consequência disso acabou por procurar estudar música, tornou-se músico, produtor, compositor e autor, e professor de educação musical. Após estudos nos conservatórios de Aveiro, Viseu e Porto, e Escola de Jazz do Porto onde estudou com Carlos Azevedo, Mário Barreiros e Pedro Barreiros, foi co-fundador do Quinteto Jazz de Viseu, um projeto a que deu uma certa continuidade com o seu próprio quarteto que mantém até hoje. Promoveu, nos anos noventa, três edições dos Encontros de Jazz de Viseu e paralelamente começou a colaborar com o Trigo Limpo Teatro ACERT, nas suas várias valências de produção artística. Música para peças de teatro, espetáculos que misturam a palavra dita com a música, entre muitas outras aventuras teatrais, onde tocou guitarras e piano, criou música, gravou CDs, e fez direção musical. Participou com o Trigo Limpo Teatro ACERT em projetos de intercâmbio cultural com estruturas culturais na Galiza, Moçambique, Brasil, Alemanha, e também com outros projetos no Reino Unido, Espanha, França e Suíça. Participou em projetos de outras estruturas, como da D’Orfeu, Teatro do Montemuro, Entretanto Teatro, Teatroesfera, A Barraca e Teatro Viriato entre outros. Fez várias participações em muitas gravações, com destaque entre outros, para vários CDs de José Medeiros, realizador e músico açoriano, e também no CD A Viagem do Elefante como músico da Cor da Língua ACERT, trabalhando arranjos para a música de Luís Pastor! Recentemente conseguiu concretizar dois projetos mais pessoais com a gravação em 2017 do CD Tocar o Chão e em 2019 o CD Ponto de Vista, disco apoiado e financiado pelo Viseu Cultura do Município de Viseu, que contou com a participação dos músicos João Mortágua nos saxofones, Miguel Ângelo no contrabaixo, Marcos Cavaleiro na bateria e ainda Luísa Vieira na flauta transversal e voz. Em março de 2021 editou o seu terceiro CD, “Dispersos”, que contém a recuperação e remasterização de gravações de músicas suas, feitas ao longo de cerca de 30 anos, que contam com a participação de vários músicos nacionais e internacionais. Com o aparecimento da pandemia, começou o projeto Sessões (In)discretas no YouTube que consiste na realização de vídeos de música sua inédita, partilhada com outros músicos à distância. Foi distinguido com o prémio Mérito Artístico dos Prémios Animarte do GICAV, Viseu, em 2012 e 2019. Atualmente lidera e apresenta ao vivo o projeto “Tocar o Chão” com canções da sua autoria sobre poesia de língua portuguesa, e o Carlos Peninha Quinteto com repertório jazzístico da sua autoria. Está neste momento em processo de gravação do seu 4º trabalho discográfico, financiado pelo Eixo Cultura do Município de Viseu, que tem edição prevista para meados de 2023.




fotógrafo: Ricardo Pires